Balatro | Review

Você já imaginou pegar o pôquer — aquele jogo que o seu tio jura que domina no churrasco — e transformar em uma mistura insana de estratégia, sorte e pura insanidade pixelada? Pois é, Balatro fez exatamente isso.
Criado pelo misterioso (e genial) dev indie LocalThunk e publicado pela Playstack, esse joguinho indie chegou de mansinho em 2024… e de repente todo mundo estava falando dele. Spoiler: por um bom motivo.
O pôquer que não tem nada de normal
Em Balatro, você não está jogando pôquer pra ganhar fichas — você tá jogando pra quebrar o jogo com combos absurdos.
A cada rodada (chamada de Blind), você precisa alcançar uma pontuação mínima usando mãos clássicas como pares, flushes e trincas. Até aí tudo bem.
Mas aí o jogo te dá Jokers — e é aí que o caos começa.
São mais de 150 curingas diferentes, cada um com um efeito maluco: multiplicar seus pontos, explodir cartas, inverter regras, aumentar combos… é uma festa de sinergias.
E quando você combina vários deles, o jogo vira uma montanha-russa de “MEU DEUS, ISSO FUNCIONA MESMO?!”.
Ah, e entre as partidas, você ainda passa na lojinha pra comprar melhorias, baralhos novos, cartas especiais, e tentar não falir. Simples? Nunca. Viciante? Demais.
Deckbuilder, roguelike e… pôquer? Sim, e funciona!
Balatro mistura gêneros de um jeito que parecia impossível.
É um roguelike (cada run é diferente), um deckbuilder (você monta seu baralho com upgrades e curingas) e um pôquer psicodélico (porque, né?).
Cada partida é uma história diferente: às vezes você monta o combo perfeito e se sente um gênio. Outras vezes, o Boss Blind te dá um tapa de realidade e você volta chorando pro início.
Mas é exatamente isso que faz o jogo brilhar.
Aquela sensação de “só mais uma tentativa” vai te prender por horas.
Visual retrô, som de fliperama e vibe de madrugada gamer
Se tivesse que descrever Balatro em uma frase, seria:
“um fliperama dos anos 80 rodando dentro de um sonho neon.”
A pixel art é linda, com um filtro CRT que dá aquele ar nostálgico de TV antiga.
A trilha sonora é uma delícia: sintetizadores, batidas lo-fi e um toque hipnótico que te faz perder a noção do tempo.
É o tipo de jogo que você joga no modo relax, mas acaba suando de tensão porque quer fazer aquele combo perfeito.
O que Balatro acerta em cheio
Inovação total – Pegar pôquer e transformar em deckbuilder foi uma jogada genial.
Rejogabilidade infinita – Cada run é uma surpresa, e sempre dá vontade de tentar algo novo.
Trilha e visual incríveis – Um charme retrô que combina perfeitamente com a loucura do jogo.
Em português-BR! – Interface traduzida e menus claros, ponto extra pro público brasileiro.
O que pode incomodar um pouco
Aprendizado meio caótico no início – Muita coisa acontecendo de uma vez, prepare-se pra apanhar nas primeiras runs.
Alguns bosses desbalanceados – Certas partidas parecem impossíveis (mas é parte da graça).
Repetitivo em longas maratonas – A estrutura é sempre a mesma, mas o vício compensa.
Se você curte quebrar o cérebro com sinergias malucas e ver combos explodindo na tela, esse jogo é pra você.
Mas se você prefere narrativas longas, cutscenes e gráficos AAA… pode não ser sua praia. Aqui o foco é estratégia e puro vício.
Veredito final: um coringa no baralho dos indies
Balatro é uma das maiores surpresas indie dos últimos anos.
Ele pega um conceito que todo mundo conhece e reinventa de um jeito totalmente novo, criativo e viciante.
É simples de aprender, difícil de largar e impossível de não amar depois que você entende as mecânicas.
Nota final: 9/10
Um clássico instantâneo do gênero — e um lembrete de que os melhores jogos, às vezes, vêm das ideias mais malucas.
Onde jogar
Você pode jogar Balatro em praticamente tudo:
 PC (Steam)
 Nintendo Switch, PlayStation e Xbox
 Android e iOS
